quinta-feira, 29 de março de 2007
Profissão de bombeiro é a mais perigosa para o coração
Estudo publicado na “New England Journal of Medicine”A profissão de bombeiro é, nos EUA, a mais perigosa para o coração, segundo um estudo publicado na revista “New England Journal of Medicine” que mostra que 45% das mortes ocorridas após o exercício das diferentes missões resultam de um acidente cardiovascular. "Esta pesquisa indica claramente que o risco de morrer de uma Doença Cardiovascular é mais elevado durante as missões de extinção de incêndios, de resposta a alarmes por fogo e durante certas actividades de treinos físicos", explica Stefanos Kales, professor da Escola de Saúde Pública da Harvard University, em Massachusetts, e principal autor deste estudo. Por comparação, a taxa de mortes no local de trabalho devido a um Enfarte do Miocárdio é apenas de 22% nos oficiais da polícia, 11% nos funcionários dos serviços de urgência dos hospitais e de 15% no conjunto das outras profissões, sublinha o estudo. Os investigadores analisaram as estatísticas nacionais das mortes de bombeiros no exercício das suas missões entre 1994 e 2004 nos EUA, não tendo sido levadas em conta as mortes consecutivas de bombeiros ocorridas quando dos ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001.Foi também calculada a proporção média anual de tempo ocupado pelos bombeiros nas suas diferentes tarefas. A taxa de mortes por Enfarte do Miocárdio ocorrido em bombeiros durante operações de extinção de fogo foi de 32,1%. As respostas a um alarme de incêndio num prédio provocaram respectivamente 13,4% e 17,4% do total dos Enfartes do Miocárdio nos bombeiros. Durante os treinos físicos a taxa de morte foi de 12,5% e de 15,4% durante o exercício de funções não ligadas a situações de urgência. Os autores deste estudo explicam que esta elevada incidência de mortes por Enfarte do Miocárdio nos bombeiros é devida aos esforços intensos que efectuam quando das operações de extinção de incêndios e à sua falta de preparação física.
Fontes: Lusa e Imprensa Internacional - MNI-Médicos Na Internet - 26 de Março de 2007
Fontes: Lusa e Imprensa Internacional - MNI-Médicos Na Internet - 26 de Março de 2007